sábado, 31 de outubro de 2009

Um mero pensamento de ódio


Queria poder olhar em teus olhos, tocar o teu rosto e dizer que do fundo da minha alma eu te odeio. Queria poder cortar a tua cabeça e fazer você jorrar litros de sangue pelo recinto, agonizando até enfim morrer. No teu velório, ao invés de marcha fúnebre, eu pegaria um baixo e junto com mais cinco, tocaria um animado jazz, afinal de contas, já diria Tony Wilson: "Jazz é o último refúgio de quem não tem talento, afinal, quem toca jazz se diverte mais do que quem ouve." Meu intuito não é divertir, muito menos entreter, minha missão é fazer sofrer, ferir, fazer sangrar mares, talvez até oceanos. Matei e morri diversas vezes, mas pode acreditar que eu matei muito mais do que morri, e morri muito mais tranquilamente do que aqueles que matei. E é muito fácil você colocar um sorrisinho besta na cara quando eu anuncio a sua morte, o difícil é você mantê-lo até o fim de minhas ações, que variam entre esquartejamento ou indução ao suicídio após uma torturante pressão psicológica. Não adianta lutar, não adianta se desdobrar para erguer esse seu mentiroso castelo de cartas. Com apenas um sopro eu jogo tudo no chão e você perde. Não importam as circuntâncias, você sempre vai sair derrotado se lutar contra mim, porque eu sou do tipo que não desisto até acabar totalmente com você.

Sem mais.

domingo, 18 de outubro de 2009

Lições de vida


As lições de vida são o que formam uma pessoa. Sim, de fato as pessoas aprendem com os acertos e muito mais com os erros e enganos. De fato, você pode virar uma pessoa amarga com certas pessoas. Mas afinal, se não quisesse que eu fosse assim, porque então me deu a lição? Desculpe, eu aprendia com a lição e estou agindo de acordo com o meu aprendizado. Isso acontece muito na relação com pessoas. Se alguém me faz sentir mal, me faz "levar na cara" ou me dar mal em alguma situação, eu ignoro essa pessoa. Eu a desprezo. Porque das duas, uma. Ou eu dou uma nova chance à pessoa, e acabo me ferrando de novo, ou então eu parto para a vingança, e nessas horas, a coisa vira até uma covardia, porque me bateu com graveto, o revide é com barra de ferro. Enfim, são as lições de vida...

domingo, 11 de outubro de 2009

Vinciamo noi!


De fato, eu não sei porque pus o título em italiano, mas por algum motivo caiu melhor. Acho que é um grito tão significativo como "Eh pochioclo!" que o menininho fala naquele comercial de carro depois que come a pipoca. Enfim, explicações a parte, gostaria apenas de expor alguns pensamentos sobre a vitória. A vitória ela é algo raro de acontecer, afinal a humanidade nasceu para perder. Mas de qualquer forma a humanidade tem algo épico, que é tão bonito de se ver. A humanidade sabe que não vai chegar à vitória, mas por algum motivo continua lutando por ela. Imagine em um protesto enfrentar um soldado com pedra. Lembrando que o soldado tem uma arma que, se a bala pegar em você, provavelmente você terá seu rosto desfigurado, um buraco a mais, um movimento a menos, e na melhor das hipóteses, morrerá. Mas mesmo assim você continua a caminhar em direção ao soldado apontando-lhe a pedra. Quando você atira a pedra e acerta no braço dele e vê que ele se feriu, mesmo que seja levemente, você vira para seus companheiros e grita "Vinciamo noi!". Em vão, pois quando você vira de costas, o soldado sem piedade, te baleia, e no fim, você sempre perde. Mas veja bem, a beleza de poder gritar "Vinciamo noi!" já é uma vitória, desta humanidade que se contenta com pouco, mas que não pode almejar nada maior.

sábado, 10 de outubro de 2009

Dias de chuva


O som da água no metal
Que você ouve ao acordar
Você sabe que la fora chove
Mas vai à janela para confirmar

Te bate uma depressão
Baixa uma preguiça
E uma sensação
Desesperadora de sono

Você não quer nem pensar
Em molhar a barra da calça
Em diversos bolsões de água
Que se formam por aí

Nem de carregar um guarda-chuva
Nem de chegar molhado mesmo carregando-o
Muito menos de se arrumar
Para sorrir pra ela, e todo molhado

Quando chove tudo fica cinza
Meio sombrio
Um pouco frio
E a cada gota que cai
O corpo treme

Enfim, o melhor é se esconder
Debaixo das cobertas
E tentar dormir até que a chuva passe
E o sol se manifeste

Vai ser quando ela te ligar
E te pedir
Quase suplicando
"Venha me ver, eu te quero agora!"
Afinal, o calor já a tomou conta

sábado, 3 de outubro de 2009

vamos botar um pouquinho de futebol aqui

Venho por meu deste post homenagear o meu time do coração, o Botafogo de Futebol e Regatas, por quem eu já ri, e mais ainda chorei. Então, através de algumas palavras venho a expressar como é ser botafoguense.

O que é botafoguense? - MOSQUITO, Bruno - 03/10/09 - Da série: Futebol

Ser botafoguense, é acima de tudo, ser pessimista. O pessimismo torna a glória muito mais feliz, por ser surpreendente. Ao mesmo tempo, quando o desastre já parece certo, o botafoguense cria em si uma credulidade de poucos, e passa a acreditar num gol de zagueiro, aplicando uma meia-bicicleta aos 40 minutos, levando a partida para os penaltis. E lá, ele já vira um otimista e sabe que vai ganhar. Ao mesmo tempo, ser botafoguense é sofrer. Sofrer por tudo, não sofrer por nada. É acreditar ao estar vencendo de 2 x 1 e "inacreditar" ao estar perdendo de 4 x 2 na mesma partida. Ser botafoguense é saber que Garrincha e Nilton Santos são os melhores do mundo, e que não há argumentos que possam desbancar esta verdade. Viver a própria verdade, que muitas vezes é a verdade verdadeira porém não reconhecido. Mas ser botafoguense, não é ser reconhecido e nem mesmo pedir por isso. Ser botafoguense não é ser o pior, nem o melhor, mas único. Ser botafoguense, é ter a certeza de que todos tiveram o livre arbítrio de escolher sua entidade favorita, mas que ele foi um escolhido, hipnotizado e apaixonado pela estrela solitária. Afinal, é para todos que o sol nasce, e nisso não há mérito algum, mas é somente para os botafoguenses, que a estrela d'alva brilha. Ser botafoguense é o meu imenso prazer.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O mundo vai acabar

Dizem que em 2012
O mundo vai acabar
É uma teoria bizarra
Meio dificil de acreditar

Dizem que até Paris vai sumir
Que uma nevasca vai soterrá-la
Que o Louvre vai explodir
E que uma nova Paris vai surgir

A radioatividade fará
Que hajam tsunamis no Rio
E que a mutação fará sereias
Com caras de pato, e todas lendo um livro: Mein Kampf 2

Os professores de faculdade
Já não serão mais comunistas
Alguns até verão
Macacos em quadros
De pintores simbolistas

O sol já não é mais branco
A lua ficou vermelha
O amor já era real
Seja ele verdadeiro ou apenas carnal