domingo, 28 de março de 2010

Talita, a criança, a menina, por vezes, flor.



De sorriso brincalhão por natureza, que vive estampado no rosto, e quando não está, na certa está pregando uma peça, uma troça, uma brincadeira sempre de bom gosto. É gostoso ouvi-la rir, contar algo engraçado, e assim espalhar sua graça e sua leveza no modo de viver. De origem bíblica é o nome Talita, cujo significado é justamente, criança. Criança com a qual adoro rir, adoro brincar. Criança que quero sempre cuidar e ser cuidado. Criança com quem gosto de me aventurar, nas mais loucas e divertidas estripulias. Criança, que sempre diz a verdade e jamais mente, como mamãe ensinou, e que por isso não requer qualquer pé atrás. Criança, cujos olhos sorriem junto com a boca. Os olhos de cor de chocolate, alimento favorito de qualquer criança. Criança que tem o fogo que derreteu meu coração e o fez se materializar em sua mão. Criança que me conquistou com seu jeito de ser. Assim é Talita. Me fez seu, e me deu você em troca. Assim foi, assim é, assim sempre será. E mesmo que não queiram, ou desejam impedir, Talita dribla com a ginga maliciosa de qualquer criança, porque criança quando quer, faz de tudo para ter. Talita, que com seu jeitinho de criança, me fez sua criança. Crianças, amor eterno. Te amo.

domingo, 14 de março de 2010

Vai com Deus, amigo!


Era de praxe! Eu chegava cedo de manhã, e meus amigos vinham chegando logo depois. Dentre eles uma figurinha marcante na faculdade. Conheci-o no início de 2009. Chegava ele de cadeira de rodas, sempre animado, raros os dias de sono que a faculdade de manhã proporciona a todos. Quando o Botafogo perdia ele vinha me caçoar pelas estripulias do meu time bizarro. Quando o Flamengo perdia, ele aceitava as zoações na boa. Aceitava na boa porque era alguém de bem com vida. Não ligava para qualquer problema, não ligava para ninguém. Ele era livre sendo ele mesmo e por isso era feliz. A brincadeira dele comigo era me assustar dando guinadas com a cadeira de rodas para cima de mim. Nem tinha medo de me machucar, mas tinha medo da cadeira virar. E ele nem aí para isso, ele queria brincar. Sem falar quando fazíamos aquelas brincadeiras de viado, do tipo apertar a mão e passar o dedinho na mão do outro, bem gay mesmo, e depois ria junto. Na sexta-feira eu estava brincando com ele, quando tive que ir para minha aula e me despedi. Após a aula o vi, mas não fui falar porque tinha pressa para chegar em casa. Se eu soubesse que ele iria neste final de semana, teria cagado para chegar em casa e tinha ido falar com ele, pela última vez. Agora me deixa saudades de rir com ele. Agora eu sinto falta, antes mesmo de um dia de aula. Até mesmo elevador para os cadeirantes iria ser inaugurado na faculdade. O elevador, que será conhecido por todos como Ricardinho, que deixará saudades em seus amigos. Vai com Deus, amigo flamenguista, vai com Deus que ele te espera e te receberá de braços abertos.